Microsoft e Yahoo explicam porque acordo foi negociado por mais de um ano

Steve Ballmer e Carol Bartz explicam detalhes financeiros que mudaram no acordo discutido há um ano e meio e revelam próximos passos da aliança.
Detalhes financeiros e liberdade para conduzir seus negócios online separadamente foram as principais razões para que Microsoft e Yahoo levassem quase um ano e meio para anunciar uma aliança em buscas online, explicaram Steve Ballmer, principal executivo da Microsoft, e Carol Bartz, Chief Executive Officer do Yahoo, nesta quarta-feira (29/7) em uma conferência nos Estados Unidos.Segundo os executivos, há uma diferença fundamental entre o acordo anunciado hoje e uma proposta similar feita há cerca de um ano pela Microsoft ao Yahoo. No ano passado, a negociação envolvia o pagamento adiantado de uma determinada soma, em dinheiro, ao Yahoo, e uma remuneração anual menor à empresa de internet, enquanto que a aliança anunciada pelas empresas não envolve um adiantamento, mas garante ao Yahoo uma receita anual superior por um prazo maior. Se aprovado por órgãos reguladores dos Estados Unidos e da Europa, o acordo tem duração de dez anos.
Pelo acordo com a Microsoft, a gigante de software pagará ao Yahoo, inicialmente, 88% da receita de venda gerada nos sites do Yahoo - e também os sites operados por ele - durante os primeiros cinco anos da aliança, que tem previsão de dez anos."Ter um pagamento adiantado em dinheiro não nos ajuda do ponto de vista operacional" disse Carol Bartz. "O importante foi a taxa significativa de custos de aquisição de tráfego (TAC) para investirmos no negócio" comentou a executiva do Yahoo.Questões operacionaisA questão financeira não foi o único entrave nas negociações da Microsoft com o Yahoo, que passou para o comando de Bartz em janeiro deste ano. A executiva assumiu o cargo de CEO do Yahoo no lugar de Jerry Yang, co-fundador da empresa, que recusou uma oferta de compra feita pela Microsoft por 44,6 bilhões de dólares em fevereiro do ano passado."Francamente, a grande questão era resolver não só a parte financeira, mas os detalhes e o processo de trabalho" das empresas tanto do ponto de vista corporativo como para o mercado, afirmou Steve Ballmer. A questão operacional, segundo ele, foi o tópico das discussões com Bartz este ano.Carol Bartz destacou como outra oportunidade da aliança, a ampliação da rede de anunciantes online para competir com o Google. Segundo Ballmer, da Microsoft, o Google possui 78% do mercado de links patrocinados nos Estados Unidos e 92% de participação na Europa."O que realmente importa neste acordo é a escala" disse Bartz. "É uma ótima notícia para todos os nossos clientes e realmente vai permitir que criemos inovações em buscas, além de oferecer uma verdadeira opção ao consumidor."Quando questionada de que forma o Yahoo continuará inovando em buscas já que está se desfazendo de suas atividades de engenharia de buscas em favor da plataforma da Microsoft, Bartz explicou que os negócios de publicidade em banners e o trabalho de engenharia serão beneficiados pela aliança em buscas com a Microsoft. As divisões de publicidade em banners das empresas estão fora do acordo e permanecem independentes."Há muita inovação acontecendo acima dos resultados de buscas" disse Bartz. "Estamos aprendendo que podemos usar dados de buscas para anúncios segmentados. Ainda há muito para acontecer."

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