Windows 7: o lado bom, o ruim e o desconhecido do novo software


Para aqueles que consideram trocar sua atual versão do Windows pelo Windows 7, um aviso: o dia D está próximo e, segundo a Microsoft, o lançamento oficial ocorre em 22/10, tanto para versões de upgrade quanto para versões pré-instaladas em novos PCs. Mas para alguns, porém, esta data já chegou.

A Microsoft liberou, em 6/8, a versão Windows 7 RTM (do inglês Release to Manufacturing) para grandes empresas que compram o Windows através de grandes volumes de licenças, bem como para profissionais de TI que pertencem ao Technet . A era do Windows Vista está oficialmente se encerrando – embora há quem argumente que ela sequer existiu.

E isso promete ser uma boa coisa, seja você um usuário (in)satisfeito com o Vista ou um usuário do Windows XP que decidiu esperar por um sistema operacional (SO) melhor. O Windows 7 parece um anti-Vista: ao contrário deste SO, o Windows 7 não tenta impressioná-lo com novos e desnecessários efeitos visuais. Com a remoção de aplicativos do Vista como o Photo Gallery e o Movie Maker, o Windows 7, na verdade, faz um pouco menos que o Vista.
Mas justamente a falta de glamour do Windows 7 faz parte de seu apelo comercial. Ao contrário dos caóticos e irritantes sistemas operacionais anteriores, o novo software foi desenvolvido para não atrapalhar seu caminho, para que suas coisas sejam feitas com mais agilidade. E esta versão final promete.

Mesmo sem ter eliminado todos os problemas, um lançamento de sistema operacional da Microsoft não impressionava tanto desde que o Windows 2000 debutou, há quase uma década. Portanto separamos algumas das melhores ferramentas, alguns tropeços e outras onde um aprofundamento fará mais sentido.

Estamos preparando, para breve, um review mais detalhado, com resultados de desempenho (benchmark), dicas de atualização e teste completo do Windows 7.

O lado bom

Um sistema menos poluído: Uma das coisas mais traumatizantes nas versões finais do Windows Vista era sua interface Aero – que exigia muitos recursos de computadores de 2007 para rodar satisfatoriamente (mesmo daqueles rotulados como compatíveis com o Vista). Nosso laboratório ainda não testou a versão final do Windows 7, mas tudo leva a crer que este SO terá um desempenho satisfatório em praticamente todas as máquinas existentes, incluindo aquelas consideradas de configuração mais simples, como os netbooks.

Barra de tarefas reinventada: Desde o Windows 95 que a barra de tarefas e os ícones não sofriam mudanças consideráveis. Mas no Windows 7 estas funcionalidades mudaram de cara. E, no geral, os resultados foram interessantes. A nova barra de tarefas não usa mais rótulos escritos, mas sim os ícones dos programas, com melhor aproveitamento do espaço na tela. A visualização prévia, em miniatura (thumbnail) das janelas minimizadas funciona bem, mesmo quando você tem muitas janelas abertas para uma única aplicação
E a nova função Jump Lists oferece acesso (com um clique no botão direito do mouse) a menus com opções que se contextualizam, como a possibilidade de tocar músicas no Windows Media Player mesmo sem ter aberto o aplicativo.

A barra de notificação do sistema – localizada no canto direito da barra de tarefas, juntamente ao relógio – deixa de ser algo irritante. Quando instalar um programa, os balões informativos não irão mais surgir. Se quiser, é possível solicitar que o informativo apareça, mas sem a opção de balão pop-up. As informações do sistema também foram reduzidas e você pode checá-las quando quiser.


Notificações: opções menos irritantes e apenas quando (e se) o usuário quiser

UAC agora é tolerável: O Windows Vista introduziu o Controle de Conta de Usuário (UAC, pelo nome em inglês) como forma de avisar o usuário sobre as tentativas de vírus e outros malwares de invadir seu sistema. Mas ele é tão irritante e limitado que a maioria prefere desabilitá-lo para evitar aborrecimentos. No Windows 7, você tem duas opções intermediárias, que irão alertá-lo somente se um programa mudar suas configurações com ou sem aquela tela de aviso. Como a Microsoft não previu isso antes?
Biblioteca para organizar seus arquivos: Por anos a Microsoft vem insistindo para que os usuários guardassem seus arquivos privados na pasta Meus Documentos, como forma de manter tudo organizado em um único lugar. Mas dificilmente se encontra alguém que não tenha espalhado arquivos por pastas em outros locais no HD do seu computador.

Uma nova ferramenta chamada Bibliotecas (do inglês Libraries) faz a divisão oferecendo pastas virtuais (lógicas) para documentos, música, fotos e vídeos, que combinam os conteúdos de determinadas pastas (especificadas pelo usuário) dentro de uma única visualização. Por exemplo, a pasta Biblioteca de Imagens, pode exibir todas as fotos, mesmo que estejam armazenadas em diversos locais distintos. Essa biblioteca seria ainda melhor se fosse integrada com a ferramenta existente Histórico de Buscas, que cria outra (distinta) pasta virtual.

O lado ruim

HomeGroups desaponta: A proposta é muito boa - uma forma de compartilhar pastas repletas de conteúdos multimídia entre PCs através de uma rede e, assim, permitir o acesso a esses conteúdos a partir de qualquer PC ou notebook conectado à rede. Mas a ideia é limitada: em vez de permitir que você selecione a senha, o programa é que define uma senha de dez dígitos alfanuméricos para você. Além disso, o aplicativo só funciona em PCs que possuam Windows 7 – deixando de fora a compatibilidade com Windows XP, Vista e até Mac.
O Windows Update ainda pode te desligar: Não existe razão para acreditar que o Windows 7 terá menos correções de software do que as versões anteriores. Se você utiliza o Windows Update da forma como a Microsoft recomenda, então seu computador talvez vá solicitar que você o desligue para que possa ser atualizado, ou então que decida gastar um bom tempo para instalar as atualizações quando tentar reiniciá-lo. Tendo em vista o esforço para lançar um sistema melhor, esta função parece um grande retrocesso da empresa.

Upgrade do XP: Se você quer fazer o upgrade do XP para o Windows 7, você precisará começar do zero, reinstalar todos os seus aplicativos e ajustar as configurações. Os usuários do Windows Vista podem optar por instalar o novo sistema sobre o antigo, porém não em todos os cenários. A decisão da Microsoft de não permitir um upgrade direto do XP para o Windows 7 é compreensível – uma nova instalação será mais confiável do que uma atualização sobre o XP que já tem oito anos de vida – mas mesmo assim poderá afastar alguns usuários do XP.

E o que resta descobrir

Quão graves serão os problemas com compatibilidade? O Windows 7 parece e trabalha diferente do Vista. Contudo, debaixo da interface, eles não são radicalmente distintos. E isto pode trazer alguns problemas de compatibilidade de drivers e até de softwares. Apesar de as versões beta do novo SO terem funcionado bem, é muito provável que alguns usuários, ao instalarem o novo software, se deparem com problemas que a Microsoft não previu. Nós, da PC World (EUA), tivemos alguns problemas com os ajustes de configurações e drivers na versão RTM do Windows 7, mas todos foram contornados – seja com uma instalação via USB ou DVD.

As empresas de hardware irão aderir ao Device Stage? Esta nova ferramenta oferece informações sobre sua impressora, câmera e outros periféricos. Neste centro de dados, os fabricantes podem personalizar as páginas e inserir links para manuais ou dicas de uso. Mas, a menos que essas empresas invistam tempo para construir essas informações, esta pode ser mais uma ideia da Microsoft que não irá para frente.
O suporte a touch é uma vantagem ou desvantagem? O Windows 7 é a primeira versão do sistema operacional a suportar a tecnologia multitoque – por exemplo, se o programa observar que você abriu o menu Iniciar com o dedo, você verá uma versão mais espaçosa do menu, facilitando a navegação por toque. Claro que você precisará de um PC com capacidade multitoque, e existem poucos no mercado (como o HP TouchSmart). A chegada do novo sistema pode favorecer a criação de PCs com essa tecnologia – mas, até lá, o que precisamos são aplicações interessantes que trabalhem com essa tecnologia.

Considerações
Ano passado a Microsoft tentou reparar a reputação do Windows Vista, espalhando boas informações sobre o sistema. Mas se a empresa tivesse lançado um sistema que fosse bom de usar, como o Windows 7 parece ser, o Vista nunca teria tido esses problemas com sua imagem.

Os primeiros que puderem utilizar o Windows 7 com certeza não ficarão desapontados. Mas, se você puder esperar um pouco e instalar o novo sistema operacional somente depois de os problemas iniciais terem sido resolvidos, as chances de satisfação serão maiores. E se você estiver usando um PC antigo, é perfeitamente compreensível que aguarde até conseguir comprar uma máquina mais nova, preparada para rodar o Windows 7 sem muitos problemas.

Nosso conselho? Compre o Windows 7 quando se sentir preparado. E com quase toda a certeza você sentirá a melhora, seja lá qual for a versão do Windows que esteja utilizando atualmente.

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